O educomunicador reconhece que não há mais monopólio da transmissão de conhecimento, e que não é só o professor que tem o direito da palavra. Os professores que introduziram os meios na escola, a imprensa, a televisão, puderam perceber que isso provoca mudanças profundas nos objetivos e nos métodos de ensino. As aulas com os recursos digitais possibilitam novos avanços, pois além do favorecimento da questão da inserção na lógica digital, o sujeito estabelece novas relações de conhecimento, depuração, reflexão e apropriação da sua nova aprendizagem e este recurso é uma proposta que constrói também cidadania. O sujeito se apropria da tecnologia não como um mero recurso, mas sim como um meio de construir novos níveis de conhecimento.
A informática educativa com recursos digitais nos leva a perceber o quanto pode ser acelerado o processo de escrita e leitura, quer pela facilidade de encontrar as letras no teclado, pela facilidade de correção de palavras e pela riqueza que a utilização da tecnologia proporciona. A facilidade da produção escrita, a pesquisa e a Internet auxiliam a ultrapassar as barreiras encontradas. Diferentes tipos e tamanhos de letra oportunizam apropriação de conceitos da escrita e leitura e os diferentes recursos permitem o desenvolvimento da criticidade em termos de construção textual.
Um profissional consciente, uma educação "de massa" e "multicultural" situa-se além da simples aquisição de conhecimentos escolares; que vê nos meios uma riqueza pelos seus conteúdos informativos certos, mas também pela maneira como eles fornecem uma representação do mundo: donde a necessidade de analisar e de comparar, visando retificar as ditas representações; que está convencido que uma emissão não é um ato "passivo", mas mobiliza uma quantidade de "micro-saberes" acumulados que o professor pode ajudar o aluno a colocar em relação, para construir seu conhecimento e lhe dar sentido; que aceita um novo referencial para a relação educador-educando: o aluno pode ensinar ao mestre (principalmente a manipulação das novas tecnologias), os alunos podem ensinar uns aos outros. “Ensinar exige compreender que a educação é uma forma de intervenção do mundo”. (Freire, 1983, p. 46)
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